Um moço de um sonho saiu para um sonho viver
despertou para o querer como quem vê nitidamente
buscou sem saber o que mais lhe valia
e sem perder do peito o que já não via
abriu caminho para na via seguida
cultivar cada momento de uma vida
com um bem querer.
já sem areia nos olhos, não perde a medida do passo, segue firme e forte para encontra-la no horário em que estiver-lo esperando.
A moça lendo um livro de cor profunda e fita nobre, ali no canto, enquanto espera, chora os contos marcados e rubrica as novidades de sua escrita, cantando a rima cega que incluiu na história. Guarda o amor no som suave das páginas fechando, traz-se num abraço para o moço como se fechasse o livro.
21.5.08
encontro da hora
o livro aberto
A razão não sabe brincar de rodar... A roda não brinca sem ela, a brisa não gira sem roda e o vento parou.
As fitas rasgaram um pouquinho e soltaram quase tudo o que girava;
e tudo caiu num canto.
ou noutro.
Os girados que não param já não estão, foram se e voltam se para outros cantos.
há a falta de ar de alguém que quer amar, alguém que inunda o silencio dos olhos
Porque a própria menina do cachecol verde talvez precise estar só.
Os sozinhos estão no escuro pra descansar da tontura e o escuro está molhado por dentro.
há alguém que se afogou, há alguém que chorou, há um menino sem cachecol.
O som sozinho é o silêncio que ninguém ouve e o menino é o eco do que não se diz mais.
os ecos significam...
os encontros quase mostram
os sons de meus olhos nos teus
continuam
o livro aberto.
O vazio te faz bem e o som te acalma, o vento de leve vem e o tempo já não dispara; o gosto do moço vem e o menino qual salva, não se perde mais de ninguém que ama qual alma.
A menina de cachecol verde se desvenda
lê um conto de nova página e
faz esperar o marcador da próxima -um pedaço de fita colorida.
A razão pra ler continua dando motivo para pagina rodada.
com sentimento de fita colorida, moça já não fica perdida, se quando para de ler um instante, encontra nela a página seguida
Sentada no canto, talvez no canto queira ficar... e ler o que há de de novo e ler o que há de passar. Num silêncio pode me escutar...
ouvindo sussurros sem mais gritar, encontrei neles um jeito de amar.
Quando param os ecos, me pega no colo, pra com todo jeito me reanimar;
o corpo cansado de moça a sarar, não trata feridas, te dá as agulhas, linha e manda ticotar.. diz que é seu amigo e que talvez tenha um cachecol para com linha colorida um pescoço enrodar.
13.5.08
Life for Free
even lovers might find again, and again, and again...
2.5.08
do que não sai
Que sangue é este que não vaza do branco que o prende,
Porque não sai, o maldito,junto as lagrimas. Quero o fora,
assim aos poucos, quando doi em mim o que o empurra um segundo de vida mais adiante.
Mas estas portas que detem minha alma
também não o deixam seguir seu rumo para além de mim
para onde devem chegar,
Junto a ti, junto as lágrimas
às tuas mãos, aos teus beijos, à tua pele...
E o que é isto em meu sangue que quer desnudar-te,
assim como me deseja livre para abandona-lo?