21.5.08

encontro da hora

Um moço de um sonho saiu para um sonho viver
despertou para o querer como quem vê nitidamente
buscou sem saber o que mais lhe valia
e sem perder do peito o que já não via
abriu caminho para na via seguida
cultivar cada momento de uma vida
com um bem querer.
já sem areia nos olhos, não perde a medida do passo, segue firme e forte para encontra-la no horário em que estiver-lo esperando.
A moça lendo um livro de cor profunda e fita nobre, ali no canto, enquanto espera, chora os contos marcados e rubrica as novidades de sua escrita, cantando a rima cega que incluiu na história. Guarda o amor no som suave das páginas fechando, traz-se num abraço para o moço como se fechasse o livro.

2 comentários:

de vendetta disse...

É penoso demais ler das páginas ragadas de um sonho.. e a grande amiga, honestidade, já não sabe não doer. pois nada mais honesto, hoje, do que um monte de ódio por que se ama. Não vou ler mais nada. Livro destuido e despedaçado vai ficando ao chão como um homem novo de rosto rasgado que sonha em morrer e morre dentro de um sonho. a mente que tanto sofreu solidão tornou-se um temível e ceifou do amor um peito e do peito fez-se o pulso e no pulso houve o pó.

NO.TIME

Flor disse...

Eu posso visitá-lo.

E vê-lo, mesmo berando a morte...
Porque o falecimento, meu caro, nem sempre é ruim... não dê espaço ao medo.
Simplesmente se deixe morrer.

E amanhã, pode-se renascer, com o Sol.

(Adoro.)